A ariramba-de-cauda-ruiva é uma ave galbuliforme da família Galbulidae. É a espécie do gênero Galbula mais conhecida e com maior área de ocorrência. Também conhecida como ariramba-de-cauda-castanha, beija-flor-d'água, beija-flor-da-mata-virgem, beija-flor-do-mato-virgem, beija-flor-grande, bico-de-agulha, bico-de-agulha-de-rabo-vermelho, bico-de-sovela, cuitelão, fura-barreira(PE), fura-barriga(PE), guainumbi-guaçu, sovelão(MG) e barra-do-dia (MA).
Características
À primeira vista, parece um grande beija-flor, devido tanto ao seu bico longo e fino, quanto à coloração verde-amarelada iridescente de grande parte da plumagem (semelhança responsável por um dos nomes comuns).
Nos machos adultos, a garganta é branca, enquanto na fêmea e nos machos juvenis ela é ferrugínea.
Alimentação
Caçam exclusivamente insetos em vôo, com grande destreza e velocidade para apanhar presas desde o tamanho de uma pequena abelha sem ferrão (meliponídeos) até libélulas e mariposas. Após capturarem o inseto, voltam ao ponto de partida e batem-no repetidamente contra o poleiro, retirando asas e quebrando a carapaça externa, o que irá facilitar a ingestão. Logo após processarem uma presa, voltam a prestar atenção aos movimentos no entorno, com rápidos movimentos de cabeça sublinhados pelo longo bico.
Reprodução
Vivem em casais o ano inteiro, com os filhotes sendo alimentados pelos pais por algumas semanas após sairem dos ninhos. Cavam galerias estreitas e compridas nas barrancas de rios, em cupinzeiros nas árvores ou nos torrões de terra presos nas raízes de grandes árvores tombadas (o nome fura-barreira nasceu dessa característica). Na base da entrada da galeria, é possível ver as pequenas depressões laterais feitas pelos pés das aves chegando e partindo. Macho e fêmea chocam até 4 ovos por ninhada.
Hábitos
Pousa em galhos e cipós expostos, desde 1 metro do chão até 4 metros de altura. Esses poleiros são usados seguidamente como pontos de espreita das presas e locais de alimentação. Uma vez localizados, facilitam o encontro dessa ave espetacular, representante de uma família exclusiva das Américas.
Além das cores e hábitos, outra característica especial dessa espécie é o canto. O chamado mais freqüente é como uma risada aguda, iniciando-se espaçada e acelerando no final, ficando cada vez mais aguda. Um membro do casal responde ao outro seguidamente. Pelo timbre, imagina-se que seja uma ave menor produzindo-o. Ativo durante todo o dia, mesmo nas horas mais quentes, é sempre inesquecível vê-la sob a luz forte do sol.
Distribuição Geográfica
Ocorre em boa parte do Brasil, nas áreas florestadas e secas, nos ambientes mais adensados, especialmente em suas bordas e clareiras.
Referências
- SESC - Guia de Aves do Pantanal - disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/155.htm Acesso em em 18 abr. 2009
- CEO - Dicionário de Nomes em Português das Aves Brasileiras - dispoem www.ceo.org.br Acesso em 15 dez. 2009
- Imagem: Victor Castro
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