sábado, 19 de fevereiro de 2011

Saíra-azul

Saíra azul (Dacnis cayana)

Alimentação: frutos, insetos e néctar. Captura os insetos, em geral nas folhas, no topo das árvores ou nas flores, quando coletam o néctar. Nidificação: o ninho é uma taça profunda, feita de fibras finas, colocado de 5 a 7 m do solo, entre as folhas externas de uma árvore. A construção do ninho é tarefa da fêmea, que é protegida pelo macho contra intrusos. Os 2 ou 3 ovos são esbranquiçados ou branco-esverdeados com manchas cinza-claras e são incubados pela fêmea. Durante este período ela é, às vezes, alimentada pelo macho. Os filhotes são alimentados pelo casal e permanecem no ninho cerca de 13 dias. A espécie apresenta dimorfismo sexual: O macho é aul turquesa e a fêmea verde. Hábitat: matas ciliares e abertas, plantações no interior de matas e jardins. Tamanho: 12,0 cm.


Fonte:

http://dimaserose.blogspot.com/2008/06/sa-azul-macho-dacnis-cayana.html
Imagem: Carlos Eduardo Goulart

Currupião

  Imagem: Carlos Eduardo Goulart

Cabecinha-preta

Imagem: Carlos Eduardo Goulart

Bico-de-pimenta


Bico de Pimenta (Saltatricula atricollis)

O bico-de-pimenta, também conhecido como batuqueiro, é uma ave passeriforme da família Thraupidae.

Características

Mede cerca de 20,0cm de comprimento, possui a máscara e pescoço anterior negros, partes superiores cinza pardacentas com reflexos anilados especialmente no dorso e nas asas, as partes inferiores são cinza amareladas claras. As rêmiges são negras com bordos interiores brancos. As retrizes são negras, o bico é grosso e laranja avermelhado. A fêmea possui as mesmas cores porém mais atenuadas, o bico é vermelho pálido. O jovem apresenta as partes superiores, cabeça e pescoço anterior pardos, bico anegrado e partes inferiores estriadas.

Alimentação

Alimenta-se de sementes.



Reprodução

Na época reprodutiva, o ninho é confeccionado em forma de taça sobre os galhos das árvores ou em moitas de capim é feito com raminhos, talos e ervas e a cavidade é forrada com talos de capim. A fêmea põe de 2 a 3 ovos com incubação média de 13 dias. São de 2 a 3 ninhadas por ano.

Hábitos

Habita o cerrado, campos cerrados, caatinga e campos adjacentes.
Vive em pequenos grupos ou em pares, executando gritarias coletivas ao amanhecer em busca de alimento entre os arbustos.

Distribuição Geográfica

Ocorre desde o Mato Grosso do Sul à Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás ao interior das regiões sudeste e Nordeste. Também ocorre no Paraguai e Bolívia.

Referências

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ariramba-de-cauda-ruiva

Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficada)

A ariramba-de-cauda-ruiva é uma ave galbuliforme da família Galbulidae. É a espécie do gênero Galbula mais conhecida e com maior área de ocorrência. Também conhecida como ariramba-de-cauda-castanha, beija-flor-d'água, beija-flor-da-mata-virgem, beija-flor-do-mato-virgem, beija-flor-grande, bico-de-agulha, bico-de-agulha-de-rabo-vermelho, bico-de-sovela, cuitelão, fura-barreira(PE), fura-barriga(PE), guainumbi-guaçu, sovelão(MG) e barra-do-dia (MA).

Características

À primeira vista, parece um grande beija-flor, devido tanto ao seu bico longo e fino, quanto à coloração verde-amarelada iridescente de grande parte da plumagem (semelhança responsável por um dos nomes comuns).
Nos machos adultos, a garganta é branca, enquanto na fêmea e nos machos juvenis ela é ferrugínea.

Alimentação

Caçam exclusivamente insetos em vôo, com grande destreza e velocidade para apanhar presas desde o tamanho de uma pequena abelha sem ferrão (meliponídeos) até libélulas e mariposas. Após capturarem o inseto, voltam ao ponto de partida e batem-no repetidamente contra o poleiro, retirando asas e quebrando a carapaça externa, o que irá facilitar a ingestão. Logo após processarem uma presa, voltam a prestar atenção aos movimentos no entorno, com rápidos movimentos de cabeça sublinhados pelo longo bico.

Reprodução

Vivem em casais o ano inteiro, com os filhotes sendo alimentados pelos pais por algumas semanas após sairem dos ninhos. Cavam galerias estreitas e compridas nas barrancas de rios, em cupinzeiros nas árvores ou nos torrões de terra presos nas raízes de grandes árvores tombadas (o nome fura-barreira nasceu dessa característica). Na base da entrada da galeria, é possível ver as pequenas depressões laterais feitas pelos pés das aves chegando e partindo. Macho e fêmea chocam até 4 ovos por ninhada.

Hábitos

Pousa em galhos e cipós expostos, desde 1 metro do chão até 4 metros de altura. Esses poleiros são usados seguidamente como pontos de espreita das presas e locais de alimentação. Uma vez localizados, facilitam o encontro dessa ave espetacular, representante de uma família exclusiva das Américas.
Além das cores e hábitos, outra característica especial dessa espécie é o canto. O chamado mais freqüente é como uma risada aguda, iniciando-se espaçada e acelerando no final, ficando cada vez mais aguda. Um membro do casal responde ao outro seguidamente. Pelo timbre, imagina-se que seja uma ave menor produzindo-o. Ativo durante todo o dia, mesmo nas horas mais quentes, é sempre inesquecível vê-la sob a luz forte do sol.

Distribuição Geográfica

Ocorre em boa parte do Brasil, nas áreas florestadas e secas, nos ambientes mais adensados, especialmente em suas bordas e clareiras.

Referências

Choca-do-planalto

Choca-do-planalto (Thamnophilus pelzelni)

Primavera

Primavera (Xolmis cinereus)

É uma ave passeriforme da família Tyrannidae. Também conhecida como maria-branca (Guia de Aves do Ibirapuera)

Características

Tem 22,5 centímetros, é cinzenta e branca, olho avermelhado. Quando voa revela um desenho branco e preto muito destacado na asa.
Manifestações sonoras: seu chamado é fino (timbre de pinto): “píä”. Já o seu assobio (emitido de dia e de madrugada) é límpido: “piä-piä-ili”, “dü-dlíü”.

Alimentação

Consiste de insetos, anfíbios, etc. Costuma acrescentar peixes à dieta.

Reprodução

Ninhos abertos, em forma de tigela ou taça, de acabamento diversos.

Hábitos

Vive em regiões campestres e no cerrado. Pousa geralmente ereto. O seu nervosismo é denunciado por movimentos bruscos de asas, do pássaro pousado. Gosta de tomar banho de chuva ou na folhagem molhada. Pode usar formigas na higiene do corpo. Tem o costume de dormir em grupos ou em buscar um lugar mais abrigado para passar a noite. É brigão.

Distribuição Geográfica

Ocorre do sudeste do Amazonas até o Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. No sul emigra durante o inverno.

Referências

Tico-tico

                                 
Tico-tico (Zonotrichia capensis)

O tico-tico é uma ave passeriforme da família Emberizidae. É um dos pássaros mais conhecidos e estimados do Brasil. Seu nome vem do tupi e deriva do seu canto. Esta ave e o pardal são duas espécies comuns em áreas urbanas e muitas pessoas as confundem apesar de terem diferenças facilmente percebíveis. Conhecido em Pernambuco como “solta-caminho”e no interior de São Paulo como titiquinha e ticão.

Características

Pássaro de porte médio que mede 15 cm de comprimento. Possui o corpo compacto, com asas e cauda de tamanhos regulares, pernas e pés delgados e bico cônico e forte. A coloração dorsal é pardo-acinzentada, tendo a cabeça cinza com 2 tiras negras que partem da base da maxila indo até à nuca, com parte central cinza, também partindo da mesma base e alargando-se para a nuca.
As faces são de cor cinza, com 2 tiras negras de cada lado que vão até a região do pescoço, uma partindo do canto posterior do olho e outra do canto do bico. Pescoço com uma faixa cintada de cor vermelho-ferrugínea que desce até os lados do peito alto, onde se encontra com uma mancha negra.
Porção intermediária dorsal de cor pardo-cinza com coberteiras, inclusive das asas com manchas negras e restante do baixo dorso pardo-cinza. No encontro das asas as penas terminam com faixa branca. Garganta branca, peito e abdômem cinza-esbranquiçados, sendo mais claro na parte central. Apresenta um pequeno topete com desenho estriado na cabeça. Não existe dimorfismo sexual.
Canto noturno e canto de susto: ao cair a noite emite um canto diferente, forte, caracterizado por prolongamento e acentuação das últimas notas, como: “hü, djü, djü ziü-ziü-ziü”.O povo de Minas Gerais acredita que quando o tico-tico canta na manhã ele está dizendo: “Bom dia, seu Chico”. O canto noturno causa impressão tão diferente do canto diurno que o leigo no assunto pode tomá-lo por vocalizaçõa de outra espécie de pássaro. O canto noturno ocorre de dia em situação de extremo susto, sendo produzido uma vez só, com todo o vigor.

Alimentação

Alimenta-se de sementes, brotos, frutas, insetos (besouros, formigas, grilos, cupins alados).

Reprodução

Primavera-verão. Durante a reprodução vivem estritamente aos casais sendo extremamente fiéis a um território, que o macho defende energicamente contra a aproximação de outros machos de sua espécie. Tornam-se assim fáceis vítimas de caçadores. O ninho é uma tigela aberta e rala, feito de capim seco e raízes. A fêmea bota de 2 a 5 ovos, que são de cor verde-amarelado com uma coroa de salpicos avermelhados, medindo cerca de 21 x 16 mm em seus eixos e pesando de 2 a 3 g. A incubação se faz em 13 a 14 dias e os filhotes nidícolas são cuidados pelo casal. Os filhotes deixam o ninho entre 16 e 22 dias de vida para acompanharem os pais que ainda os seguem alimentando por vários dias. Os tico-tico jovens estabelecem territórios entre o 5º e o 11º mês de vida. Sofrem pesadas perdas de sua própria prole, pois o vira-bosta é uma ave parasita que retira os ovos do ninho do tico-tico e põe os seus. A pressão exercida chega a ser tão grande que, em certos locais, o tico-tico é eliminado.

Hábitos

É comum em paisagens abertas, plantações, jardins, pátios e coberturas ajardinadas de edifícios. Abundante em regiões de clima temperado e também em cumes altos expostos a ventos frios e fortes. É favorecido pelo desmatamento e pela drenagem de alagados, aumentando sua área de ocorrência. Vive em casais isolados, sendo que o macho ataca tico-ticos vizinhos que invadam seu território. Entre os traços interessantes do seu comportamento figura a técnica de esgravatar alimento no solo por meio de pequenos pulos. Para removerem a camada superficial de folhas ou terra solta que recubra o alimento. Perscrutando o terreno à sua frente pulam até 4 vezes consecutivas verticalmente sem alterar a posição das pernas e esgravatando o chão com ambos os pés sincronizadamente jogando para trás o material impeditivo. A tendência de executar tal movimento pelo tico-tico é tão forte que mesmo quando come algo sobre uma laje de cimento limpo ou num quintal pula da mesma forma.

Distribuição Geográfica

Todas as regiões do País, com exceção das áreas florestadas da Amazônia. É migratório no Rio Grande do Sul e Paraná, aparecendo em bandos provavelmente procedentes dos países vizinhos. Encontrado também do México ao Panamá e na maior parte da América do Sul até a Terra do Fogo (Argentina).

Referências

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Gaviãozinho



Gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii)

O Gaviãozinho é um falconiforme da família accipitridae. É conhecido também como Cri-cri (Pantanal de Mato Grosso).
É o menor gavião de nosso país.

Características

Mede cerca de 22 cm de comprimento e pesa 115 g.

Alimentação

Normalmente pousa no alto de postes e árvores, observando os arredores em busca de insetos, lagartos, pássaros e outras pequenas presas.

Reprodução

Faz um ninho delicado, com gravetos, semelhante a uma plataforma, localizado entre 4 e 7 m de altura. Põe 3 ovos brancos manchados de castanho.

Hábitos

Comum em beiras de rios e lagos, campos com árvores esparsas, no cerrado e em cidades arborizadas.

Distribuição Geográfica

Quase todo o Brasil, desde a Amazônia até os estados de Minas Gerais e São Paulo. Encontrado também da Nicarágua até o Paraguai e Argentina.

Referências

Patativa

Patativa (Sporophila plumbea)


A Patativa é um Passeriforme da família Emberizidae. Conhecida também como Patativa-da-serra, Patativa-do-cerrado, Patativa-da-amazônia e Patativa-verdadeira.

Características

Mede cerca de 10,5cm de comprimento. O macho é cinza-azulado, as fêmeas e jovens pardos mais claros nas partes inferiores. A coloração do bico varia entre o negro, o cinzento e o amarelo.
Há regiões em que as populações apresentam o bico amarelo, sendo consideradas por alguns sistematas, como uma subespécie.
Seu canto é um dos mais finos e melodiosos de nossa avifauna. Às vezes imita outras espécies, como o bem-te-vi.

Alimentação

Granívoro.

Reprodução

Faz ninho na forma de uma xícara aberta e rala. Cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 2 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 13 dias.

Hábitos

Varia de incomum a localmente comum em campos com gramíneas altas, cerrados, vegetação à beira de rios, buritizais e outros locais pantanosos. Vive em pequenos grupos, às vezes associados com outros pássaros que se alimentam de sementes.

Distribuição Geográfica

Presente em duas regiões separadas:
  1. na Amazônia, nos estados de Roraima, Amapá e Pará (Ilha de Marajó);
  2. do Mato Grosso ao Piauí e noroeste da Bahia, em direção sul até o Rio Grande do Sul, estando ausente dos estados litorâneos até o norte de São Paulo. Migra durante o inverno nas áreas mais ao sul (como Santa Catarina), aparentemente por falta de alimento. Encontrada também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.

Referências

João-bobo


 João-bobo (Nystalus chacuru)

Caracterização

Mede 18 cm, peso varia entre 61-64 g. Bochechas salientes e colar branco e puro, muito destacado na nuca, separados por uma área negra, bico amarelo-alaranjado.

Habitat

Campos semeados de árvores, cerrado, campos de cultura (cafezais, etc); ao lado de estradas de ferro. Vive também em locais bem ensolarados.

Distribuição

Ocorre do ato rio Madeira (Amazonas), Maranhão, nordeste do Brasil e leste do Peru até o Rio Grande do Sul, Paraguai, Bolívia e Argentina.

Hábitos

Permanece imóvel durante longo tempo, mudando de vez em quando apenas de lado e virando a cabeça mostrando que tudo observa, não é "bobo" como dizem, apenas confia no seu mimetismo. Quando é apontado vivo finge de morto para fugir inesperadamente. O seu vôo é rápido e horizontal, percorre apenas distâncias curtas. Vivem periodicamente em pequenos grupos que constituem aparentemente em famílias; pernoitam pousados em galhos, encostando um no outro.

Alimentação

Caça insetos (por ex. besouros) em vôo. Alimenta-se também de artrópodes pousados e lacertílias ; diplópodes, chilópodes, opiliões, escorpiões. Ingerem matéria vegetal. Bebem água acumulada em rosetas de folhas.

Reprodução

A fêmea põe de 2 a 3 ovos no ninho. Aproveita-se de taludes de ferrovias para nidificar; no período que escava, suja o bico, pés e pernas, o que altera um tanto seu colorido natural. Escava o ninho em barrancos naturais e de beiras de estradas, e em cupinzeiros. Perfura uma galeria de cerca de 40 cm no fim da qual escava ampla panela, onde são depositados alguns gravetos e talos de folhas secas.O casal revesa-se para cuidar do ninho.

Manifestações sonoras

Macho e fêmea (podem cantar) respondendo-se mutualmente. Chamam atenção, pois não param de cantar mesmo à noite.
Onde entoam um animado dueto "chacuru", "chacuru" e outras vezes repete "fevereiro", "fevereiro".
Bibliografia
Helmt Sick, 1988. "Ornitologia Brasileira" .
Marco Antonio de Andrade, 1997. "Aves Silvestres - Minas Gerais".

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Gavião-pernilongo


GAVIÃO PERNILONGO (Geranospiza caerulescens)

 O Gavião-pernilongo é uma ave Falconiforme da família Accipitridae.
Mede de 38 a 54 cm de comprimento e o macho tem em média 77% do tamanho da fêmea. Rapineira de aspecto esguio, lembra os Polyboroides e Melierax da África, aos quais se assemelha na morfologia, cores e comportamento alimentar, por convergência adaptativa.
  Vasculha cavidades em ocos de árvores e palmeiras ou entre folhas de bromélias, graças à grande mobilidade da articulação intertarsal e de seus dedos curtos e tarso longo. Captura morcegos em seus dormitórios diurnos, além de lagartos, lagartixas, calangos, iguanas, cobras, sapos, pererecas, cuícas e outros mamíferos que ficam em ocos e ninhos de aves. Captura também cigarras, besouros, anfíbios e répteis em bromélias. Segue os incêndios, solitário ou aos pares, capturando presas assustadas no solo. Segue bandos de macacos-prego, gênero Cebus, que tem o hábito de desfolhar bromélias para comerem a base tenra esbranquiçada das folhas, desalojando assim cobras arborícolas e anfíbios, que se tornam presas fáceis.
 Em árvores altas, constrói ninho denso de gravetos e ramos finos, no formato de taça, localizado em galhos terminais, às vezes oculto entre epífitas. Põe cerca de dois ovos, com um período de incubação de 35 dias, em média.
 Pode ocorrer em qualquer tipo de habitat, como florestas úmidas e estacionais, cerrado denso e cerradão, caatingas, fragmentos de mata em regeneração, às vezes em talhões de eucalipto mesclados com vegetação nativa ou áreas úmidas como brejos, buritizais e mangues. Tem o hábito de coçar a garganta e a face com as garras e arrumar a cauda com o bico.
 Ocorre desde o México até a Argentina e Uruguai, incluindo todo o Brasil.

Texto: SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009
Imagens: Victor castro

Fura-barreira

Fura-barreira (Hylocryptus rectirostris)

 O fura-barreira é uma ave passeriforme da família Furnariidae. Espécie rara ou incomum, é incluída no gênero Automolus por certos autores.
 Bom porte (21 cm) em comparação com espécies do gênero. Plumagem relativamente uniforme, com tom ferrugíneo, e íris amarelada.
 Empoleira-se com frequência em galhos verticais no sub-bosque, e desce ao solo à procura de presas, solitário ou aos pares.
 Nidifica em túneis escavados em barrancos sujos.
 Ocorre no Brasil centro-meridional.
Texto:SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.
Imagem: Victor Castro

Azulão


AZULÃO (Cyanoloxia brissonii)

 O azulão é uma ave passeriforme da família Cardinalidae.
De bico avantajado e negro. O macho é totalmente azul-escuro, com partes azuis brilhantes. A fêmea e os filhotes são totalmente pardos com as partes inferiores um pouco mais claras. Canto Sonoro e melodioso. Emite um canto diferente no crepúsculo e pela madrugada.
 Sua alimentação é bem variada, sobretudo de sementes, frutas e insetos.
 É encontrada na beira de pântanos, matas secundárias e plantações. Esta ave é territorialista. Não é possível vê-la em bando. Se existe um casal em certa localização, só será possível encontrar outro casal em uma certa distância. Os filhotes de azulão ficam com seus pais até um certo tempo, depois já partem para uma vida “independente”, pois o instinto territorialista do azulão não o deixará ficar por perto após estar na fase adulta. Assim, o filhote terá que achar seu próprio território e sua parceria para acasalamento. Se um macho invade o território de outro, com certeza haverá um conflito, e será bem violento. Por isso existe um certo respeito entre as aves e seus territórios, mas sempre há aquele mais valente que, por território ou por uma fêmea, entrará em conflito e conquistará o desejado.
 Sua distribuição geográfica abrange do Nordeste do Brasil ao Rio Grande do Sul, bem como na Bolívia, Paraguai e Argentina.
 Texto:  Sick, H. 1997. Ornitologia Brasileira. São Paulo: Editora Nova Fronteira. p.783
 Imagens: Victor Castro

Caburé


CABURÉ (Glaucidium brasilianum)
Medindo cerca de 16,5 cm, a corujinha caburé é tão pequena quanto um pardal e sem dúvida uma das menores corujas do mundo. Possui duas colorações de plumagem, como em outras corujas. Existe uma forma cinza, com a cauda listrada de branco e peito claro bordejado de cinza, a cor dominante de toda a plumagem. É possível encontrar exemplares marrom avermelhados, onde a cauda é da mesma cor e quase não se distingue as faixas brancas. Nos dois casos, sobrancelha branca destacada. Em especial na plumagem cinza, a nuca possui penas singulares, formando como se fossem dois olhos. Pesa cerca de 63 g.
 Alimenta-se de outras aves, como pardais, sanhaços e, esporadicamente, de beija-flores, rãs, lagartixas e pequenas cobras.
 Bastante agressiva para seu porte chega a abater presas maiores do que seu próprio tamanho. Ao ser localizado pelas outras aves, é imediatamente cercado e “denunciado”, com pios e vôos especiais.
 Comum em bordas de florestas de terra firme e de várzea, cerrados e campos com árvores. Ativo tanto durante o dia quanto à noite. Possui um desenho na parte de trás da cabeça em forma de uma falsa face, mais vistosa do que a verdadeira, e visível somente quando inclina a cabeça para baixo. Com isso, o caburé engana perfeitamente tanto pássaros como homens. O macho é menor do que a fêmea. Canta freqüentemente durante o dia.
Texto:Aves de Rapina do Brasil - disponível em http://www.avesderapinabrasil.com/glaucidium_brasilianum.htm Acesso em 18 Set. 2009.
Imagem: Victor Castro

Juruva-verde



Juruva-verde ( Baryphthengus ruficapillus)

A juruva-verde é uma ave Coraciiforme da família Momotidae.
Captura grandes insetos, moluscos, pequenos reptéis e mamíferos, além de uns poucos frutos.
Escava seu ninho em formigueiros de saúva no solo ou em barrancas na mata ou ainda em áreas de deslizamentos, de encostas íngremes. Pode aproveitar buraco de tatus no solo e, por vezes, dois casais nidificam lado a lado em túneis separados por apenas 23 centímetros de distância. A postura consta de 2 a 3 ovos brancos.
Voa frequentemente aos casais, acompanhando bandos mistos ou correições de formiga no sub-bosque.
Ocorre no Brasil Oriental.
Texto: SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.
Imagens: Victor Castro